domingo, 22 de setembro de 2013

A Leitera: Um leitinho e um Violão


No último sábado (21 de Setembro de 2013) rolou mais uma Leitera. Dessa vez o evento parodiou vários personagens da nossa música nacional.
Tivemos a presença de Ana Carolima (Bruno Lima) e Seu Bruno (Bruno França), que levaram o show com vários convidados, entre eles Dedéu Costa (André da Costa) representando o brega, Pastora Maria (Maria Azevedo) mostrando que em século 21 não pode existir nenhum preconceito, Daiana Eller (Daiana Martins) que só pelo sobrenome dispensa comentários, Cobozinho (Rafael Côbo) levando o pagodinho e Mc Azeitona do Faz Quem Quer (Felipe Rocha) mostrando a força da periferia.
O show contou com grandes sucessos como Chatterton, Mania de Peitão, Eu gosto de Mulher, Noticias Populares, Feliz aniversário meu amor, Nós, Hakuna Matata, Cinco Patinhos, Faraó ou Deus, Flagra, hino em louvor as raspadas, Em Plena Lua de Mel e um medley da primeira Leitera, sem falar é claro da incrível cena do Rei Leão ao som de O Ciclo Sem Fim com a presença do grande sábio babuíno Rafiki. O grande Dedeu Gramafina também apareceu só pra deixar algumas sábias e surpreendentes palavras do já grande conhecido "Retrovisor".

Com momentos únicos e hilários, A Leitera: Um Leitinho e um Violão marca mais um ponto na trajetória do Grupo Surgiu na Hora.
Em breve um DVD será lançado em cima desse show de musicas, performances, personagens hilários e é claro, os momentos Surgiu na Hora.

PICADEIRO!

sábado, 14 de setembro de 2013

Surgiu Entrevista: Amigos & Parceiros

Faltando 12 dias para o aniversário do Surgiu na Hora, estamos felizes por tantas coisas. Felizes pela repercussão dos nossos trabalhos, das matérias aqui no blog e na fã Page do grupo no facebook. Estamos felizes pelas parcerias, a última foi da Revista Eletrônica Friday, que lançou uma matéria super legal sobre o Surgiu. Estamos felizes por saber que ao longo desse caminho, que pra alguns pode parecer pequeno, mas pra nós que vivemos sabemos como é longo e cheio de dificuldades.
Essa matéria é especial. Aqui temos alguns amigos, algumas pessoas importantes, que nós sempre iremos agradecer de alguma maneira, pelo fato de vocês terem contribuído de alguma forma para nossa história começar a tomar essa forma ‘Surgiu na Hora’ de ser. Que essa matéria possa ser atualizada em breve, com mais amigos, parceiros, mestres e paspalhos que amamos de coração.
Aqui temos a participação de Felipe Rocha, Daiana Martins, Dona Sônia, Max Nevez, Danilo Sérgio e Roberto Rodrigues.
As perguntas são baseadas nas perguntas dos seguidores aqui do blog e da fã Page do grupo no facebook.
Segue então mais umas entrevistas no mês “Do Mais Puro Surgiu”.

Blog: Felipe Rocha - Tem 21 anos e é fitotecário. É primo de Bruno Lima e sempre que é possível e quando não tem mais nada pra fazer, ele está com a galera do Surgiu. As vezes como ajudante, as veze como câmera, e já foi até pro palco (A Leitera - Felipe Rita). Considerado o primeiro estagiário do grupo, Felipe Rocha se diverte mais do que trabalha. Dentro de sua avaliação, qual é o ponto mais forte do grupo?  
A união do grupo. O bonde é foda! Pode colocar isso...
Blog: Você tem pretensão em crescer nesta parceria com o grupo ou está só por diversão?
Felipe: Tô aí né! Se tiver que crescer, a gente cresce! Se um dia chegarem e falarem: Ta aí vai ficar. Aí eu fico!

Blog: Daiana Martins - Tem 26 anos, é atriz há 14 anos. Atualmente a frente do Núcleo de Pesquisa Teatral Irmãs Martins - NUPESTIM.
Já fez parte de várias produções, inclusive já foi premiada com vários prêmios em festivais, incluindo o de Melhor Atriz.
Em 2012 firmou parceria com o Surgiu na Hora, participou da “Leitera”, do “Fim do Mundo” (espetáculo de rua e palco que brincou com o dito fim da humanidade pelo calendário maia) e atualmente participa da criação, produção e elenco do espetáculo “Histórias Saídas de uma Mala”.
Quando nasce o convite para firmar essa parceria com o Surgiu na Hora?
Daiana: Eu estava saindo do teatro (Teatro Municipal - Nilópolis - RJ) e o André gritou se eu queria cantar na Leitera, aí eu gritei: Quero! E estamos aí até hoje.
Blog: Em sua longa jornada já conheceu e participou de vários grupos. Em sua visão crítica qual é a principal diferença do “Surgiu na Hora” dos outros grupos?
Daiana: Fazer comparações é muito complicado. Vivemos um num mundo onde há concorrência em tudo que é área e o teatro não é normal. A união faz a força! Não vamos colocar os grupos pra brigar...
Cada grupo possui sua essência, mas o diferencial do Surgiu é o norte que eles tanto dizem e afirmam: É o mesmo! Todos querem a mesma coisa, o mesmo rumo. E não é sucesso, brilho, fama (consequência de um lindo trabalho que fazem). É conquista de espaço. Está aí o diferencial em essência. A busca por conquistas são diferentes. É trabalho em massa: cefálica, braçal e tudo com um belo nariz vermelho. Maquiagem natural.

Blog: O que você diria para um ator que está começando a carreira agora?
Daiana: Faz uma faculdade! (Risos) Cara, estuda muito. Estuda. Simples... Na verdade não é tão simples, é difícil. Mas, estuda!
Blog: O que você mais gosta de fazer, atuar, dirigir ou escrever?
Daiana: Atuar é o último da lista. Entre escrever e dirigir... Pode ser os dois não? Eu prefiro escrever e dirigir!
Blog: Além da amizade, dos projetos, qual é o principal elo que une você ao grupo?
Daiana: Eles são tão fofos! Talvez essa resposta de agora esteja ligada a pergunta da diferença do Surgiu dos outros grupos, é porque aqui a visão de crescimento não está só em um projeto, está em constante movimento dentro deles. Eu vejo isso acontecendo em todos os trabalhos.
Blog: O que é fundamental para um ator dar certo em um grupo que está começando e esse grupo ter visibilidade e tudo mais na sua visão?
Daiana: Primeiro, estar dentro de um GRUPO. Não pensar que está dentro de uma companhia grande porque tem a visão de crescer, e já estar crescido. É uma questão de simplicidade e estar com pessoas que estejam envolvidas no mesmo conteúdo, na mesma visão. É muito difícil estar em um grupo que só vive batendo a cabeça e nunca sai nada disso, nunca existe um consenso.  O principal é isso.
Blog: Então é isso! Encerrando a entrevista com Daiana Martins.
Daiana: Ninguém perguntou se eu estou solteira? Eu continuo solteira.
OBS: A última informação sobre o atual status de relacionamento dela é verdadeiro e digno de fé.

Blog: Dona Sônia - É mãe de Bruno França, dona da casa onde o grupo faz suas reuniões, seus ensaios, seus encontros... Antes em uma varanda um tanto quanto pequena e agora em um terraço que sempre é o primeiro palco de todas as apresentações. Sempre acompanhando, sempre dando força e dando os melhores conselhos, além dos lanches, cafés, almoços... Dona Sônia é uma das maiores incentivadoras do grupo.
Sendo íntima do grupo, dos integrantes, dos projetos, qual a visão que a senhora tem do grupo durante essa evolução de 2 anos?
Sônia: Ah eu sou suspeita né, por ser mãe, mas é a melhor impressão do mundo, porque são meninos muito queridos e com muito talento. Acho que está bom, vou ficar falando muito não, vou ficar babando, vou chorar, aí já viu né...

Blog: Danilo Sérgio - Um dos fotógrafos mais queridos do grupo. Danilo fotografou vários espetáculos do grupo como “Por uns ‘Real’ a mais”, “A Leitera”, “Histórias Saídas de uma Mala”, entre outros. Diante de vários trabalhos que fotografou até por livre e espontânea vontade, sempre demonstrou seu carinho pelo grupo. O que faz você ter esse carinho tão especial pelo Surgiu?
Danilo: Primeiro muito obrigado por me incluir nessa lista de pessoas importantes, pois para mim é gratificante saber que de alguma maneira contribuí com o trabalho do grupo. Respondendo a sua pergunta, depois de alguns anos registrando alguns eventos para a secretaria de cultura eu comecei a achar que deveria fotografar mais os eventos e peças teatrais, com isso acabei descobrindo um prazer muito grande em fazer esse tipo de trabalho e um dos motivos disso foi o carinho que sempre fui recebido por todo o pessoal envolvido, tanto alunos como professores. Fotografar teatro é ótimo, pois têm luzes, cores e principalmente emoção e com isso no final acaba ficando uma troca entre ator e fotógrafo, pois muitas vezes eu tenho a sensação que estou recebendo determinada imagem (foto) de presente. Fotografar o Surgiu na Hora foi um desdobramento desse envolvimento, só que mais intenso, pois quando soube que vocês iam levar o espetáculo para as ruas e praças eu percebi nesse gesto, a vontade e a garra do grupo que não esperaram as coisas surgirem, mas fizeram acontecer. Isso é arte, isso é o trabalho do artista, que coloca o amor ao teatro acima de tudo. Sucesso ao grupo e espero estarmos juntos muitas outras vezes. Um beijão em todos, adoro vocês.
Ah... Já ia esquecendo. Tenho que agradecer a duas pessoas em especial, que foi a Thayane Abreu que foi a primeira pessoa que me chamou para fotografar alguma peça (na verdade ela me chamou milhões de vezes) e o Guarnier (Luíz Guarnier) que me abriu as portas e correu atrás para que eu pudesse fotografar o festival de esquetes de 2012.

Blog: Max Nevez - Formado pela escola técnica de teatro Martins Pena - RJ, é ator, diretor e produtor. Em 2012 firmou uma parceria com o grupo em “Por uns ‘Real’ a Mais” e foi homenageado no espetáculo “A Leitera” que na sua primeira versão parodiou o “Café no Bullet”. Além da parceria em “Por uns Real”, foi professor dos integrantes do grupo na EMAD (Escola Municipal de Artes Dramáticas - Nilópolis - RJ).
Em meio a esses processos de troca de informações como você classificaria o grupo, os integrantes e a sua forma de trabalhar?
Max: É um grupo em busca de uma identidade artística. O mais importante é que o grupo sabe o que quer e isso o coloca um passo a frente dos grupos que estão iniciando no circuito profissional de teatro. Em relação aos integrantes do grupo eu os vejo como sedentos por conhecimentos gostam de pesquisar e assistir outros espetáculos que os ajudem a criar uma teoria para fundamentar suas ideias. Minha experiência com esse grupo foi muito prazerosa, pois pude colocar em prática todo o exagero que a comédia permite construindo personagens partindo dos seus vícios com boas pitadas de humor e desenhos animados. Esse grupo é um suco de manga com leite.

Blog: Roberto Rodrigues - É ator formado pela UNIRIO e pela incrível experiência que foi adquirindo ao longo dos anos. É integrante do Grupo Milongas e professor de teatro. Foi professor de todos os integrantes do Surgiu e atualmente segue sendo de Bruno França e Maria Azevedo em uma incrível oficina no Grajaú - RJ.
Existe alguma característica, alguma qualidade que une você aos integrantes do Surgiu? Quais seriam essas características e qualidades?
Roberto: Qualquer relação sem tesão não germina. Ver o mesmo tipo de tesão que fagulha em outros seres humanos me aproxima mais das minhas paixões, não por ciúme, mas por cumplicidade. O bom jogo, não se joga só. Todo menino, do mais pobre ao mais rico que tem bola em casa, espera outro amigo pra jogar, e na rua quando tocam a bola de pé em pé, são eles os criadores do mundo e cada mundo criado é compartilhado.
A intercessão entre todos os grupos de teatro é a crença, fé que o ser humano é algo maior, melhor e ao mesmo tempo isso mesmo que vemos. Cada coletivo quer viver da paixão que vive em tornar o presente vivido novamente aos olhos incrédulos de um povo que se transforma de frente aos atores. Transformar o mundo com o mundo que se cria novo na frente de outros humanos como nós mesmos.
Vejo isso em vocês, vejo isso em mim, a estrada é longa, e uma vida só é curta. Estamos Juntos.


Obrigado de coração a Daiana Martins, Danilo Sérgio, Max Nevez e o Roberto Rodrigues por participarem dessa matéria.
Felipe Rocha não conta porque é estagiário do grupo. A vida é assim! Vai rir ou vai deprimir? 

Agora aguenta mais alguns dias aí que em breve tem mais matérias chegando. Vou ter que sair do pc por alguns minutos, acho que a minha vaca está com as tetas cheias. O que vem por aí?

PICADEIRO!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Surgiu Entrevista: Bruno Lima e Maria Azevedo

Tem gente que não acredita na amizade entre um homem e uma mulher. Mas Bruno Lima e Maria Azevedo comprovam perfeitamente que essa forma de amizade existe e é algo tão normal como uma amizade entre pessoas do mesmo sexo. Lógico que a Maria tem um gene especial que permite tal tipo de amizade. Mesmo sendo tão amigos, ainda tem uma porrada de gente pra perguntar e até mesmo pra afirmar que eles estão namorando, e blablablá. 
Em pleno mês "Do Mais Puro Surgiu" deixo aqui, a entrevista de duas figuraças que você vai adorar conhecer. Antes do Surgiu na Hora, a amizade já existia entre eles e tudo isso só ajudou ainda mais na caminhada dos dois.
Todas as perguntas são elaboradas em cima de perguntas de pessoas que seguem a fã page (no facebook) e o blog do grupo.
Com vocês a entrevista dos amigos Bruno Lima e Maria Azevedo.

Blog: Bruno Lima tem 20 anos, é ator a 5 anos e além de atuar é um grande musico e compositor. Quem era o Bruno Lima antes do Surgiu na Hora e quem é o Bruno Lima após entrar no Surgiu?
Bruno: Bruno Lima era... Bruno Lima o cacete. Falar em terceira pessoa é uma merda. Eu era! Desde o ensino médio sempre fui estudante de química. Era estudante de técnico em química. Sempre fui meio nerd, dentro dessas paradas. Até que eu quis estudar mais e me formei em química, e beleza. Fiz um concurso pra trabalhar na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e passei! Resumindo, eu era uma pessoa que tinha muito dinheiro, eu tinha dinheiro pra caramba. Se eu não tivesse saído eu era rico hoje em dia. Eu era inteiramente nerd nesse lance químico. Depois que começou esse lance de teatro que foi uma grande amiga minha que também é minha grande Mestra que é a Nilsen Batista que olhou pra mim e falou: Você é um artista cara! Eu dizia: Não, nada a ver... E ela dizia que eu era um artista. Só ela tinha dito isso, ninguém nunca tinha falado isso pra mim. Todo mundo falava que eu era engraçadinho, e eu dizia que nunca era engraçadinho, eu me achava o mais sem graça do pessoal. De repente por isso que deu certo, às vezes o mais sem graça é o que tem graça! Aí ela chegou e começou a me ensinar, me levou pra turma dela, aí ela falou pra eu ir andar. Pra eu não sair desse caminho. Comecei a estudar teatro, conheci o André e o Bruno (André da Costa e Bruno França) que me convidaram pra fazer um esquete com eles. A Maria eu sempre trabalhei com ela, desde quando eu comecei. Tem bastante tempo que estamos nessa.
Hoje em dia eu me aceito bem mais do que eu me aceitava antes, vai ver é por isso que eu sempre fui meio na minha, meio quieto, aí depois que eu me aceitei tipo que eu me libertei dos meus pudores e estou aí hoje nessa batalha.
Blog: Maria tem 21 anos, é atriz a 10 anos, é a única fêmea do grupo e é considerada pau pra toda obra. Maria o que faz você ter esse espírito de mulher guerreira?
Maria: Gente! Olha...! Não sei, acho que sei lá! Nunca tive essa visão de mim não. É o lance do foco, é a questão de você querer uma coisa. De você ter um objetivo. Lógico que você não vai esquecer o resto das coisas tem esse ar de liberdade, de família, mas a gente nunca esquece o verdadeiro objetivo da coisa. De ser autêntica, demonstrar o que você quer mesmo, porque eu acho que foi só por isso que me chamaram pra estar aqui no grupo, porque eu não sou gostosa, nem um pouco, estou longe disso. Peitinho bonitinho tem né gente? Rolou aí de um nu que eu fiz aí. ARTÍSTICO hein gente! Em uma peça (Peça: A Lua é Minha - Texto: Mario Bortolotto - Direção: Roberto Rodrigues). É ser você, se aceitar, essa parada mesmo. Muita gente gosta muita gente não gosta. Tem coisas que eu falo sem pensar. Guerreira, não. Acho que sou focada. Pra fazer certas coisas a pessoa tem que ter coragem, tipo desistir de um sonho, pra isso eu não teria coragem, quem desiste de um sonho, é anular a si mesmo. E como eu não tenho coragem pra isso, mesmo diante de todas as dificuldades que eu passo. Por isso que eu prefiro dizer que sou focada.
Blog: A primeira participação de vocês no grupo foi em “Por uns ‘Real’ a mais”, Bruno Lima como o Narrador e Maria na parte técnica. Como foi a primeira impressão de vocês trabalhando no grupo?
Bruno: A primeira impressão foi tipo: Que porra é essa! Foi assim, a gente participou de um festival que não tinha prêmio (em dinheiro), aí eles viraram pra mim e disseram assim: O limite é 15 minutos, nós vamos fazer um esquete que vai dar no mínimo uma meia hora, você quer entrar? Aí eu pensei, já não vamos ganhar nada, pelo menos diversão eu ganho, e uns sorrisos pra guardar no bolso. Aí eu aceitei!
A Maria e eu fomos criados com o Marcos Matheus  que é um cara bem rigoroso, com ensaios, horário, compromisso...
Maria: Ator não fica doente.
Bruno: Aí chegamos no Surgiu, a gente lia o texto e eles mandavam a gente embora. Eu virava pra cara da Maria e perguntava: A gente não vai ensaiar não?
Marcaram outro ensaio e daqui a pouco, show, vamos apresentar. Eu disse: Já, dois ensaios? Como que vai ser isso? Aí eles viram pra mim: Problema é teu, entra lá, grita “Extra, Extra!” E vamos embora.
Com o Marcos Matheus  era ensaio de três, quatro horas, quando dava era ensaio sete vezes por semanas. Se faltasse um dia ele ligava e dizia: Você está cortado! Era bem quartel mesmo. E eu estava muito acostumado com esse ritmo. Aí quando entrei aqui e vi que com eles era na vaselina e eu gostei disso, aí eu curti desses caras, vamos ver se funciona, e até agora está funcionando.
Maria: O Bruno roubou minha resposta da primeira impressão, mas foi isso aí mesmo. Eu fui colocada no som, e eu nunca tinha feito som, eles me tiraram da sala, perguntaram se eu tinha como participar. Respondi que nunca tinha feito som, nunca tinha feito luz, nem sei como funciona essa cabine aí. Aceitei, eram dois ensaios pra pegar tudo, me fudendo sozinha, controle remoto na boca, pé no interruptor da luz, tipo contorcionismo, mas foi maneiro. Como o Bruno falou, viemos de um cara bem rigoroso e esse lance de “ator não fica doente” é o caralho. Por que fica sim. 
Bruno: Mãe de ator morre.
Maria: Morre sim! Porque somos humanos... Húmus, o cocô da minhoca. Então é essa parada!
Blog: Pra vocês, o que faz o “Por uns ‘Real’ a mais” ser tão bem aceito pela plateia?
Maria: Nessa questão nós somos assim, é a essência, a gente não mente. É a parte do trabalho onde somos autênticos. É o ser, o fazer, o viver o momento presente.
Bruno: Os demais trabalhos que a gente tem feito, como o “Histórias Saídas de uma Mala”, eu vejo que a plateia costuma aceitar porque a gente faz teatro pra eles, a gente não faz teatro pra agradar ninguém, é sempre pra plateia. É o olho no olho, é o vem dançar comigo, não é olha eu dançar é vem dançar comigo. Por isso que a gente costuma conquistar, seduzir a plateia.
Blog: Como surgiu o convite pra vocês entrarem no grupo definitivamente?
Maria: A gente tava lá, bebendo água, filmando e tal, aí o André e o França chegaram e perguntaram se a gente queria entrar definitivamente no grupo, entra aí, a gente soube que vocês têm outro grupo e tal...
Bruno: Foi quando eu disse do outro grupo: Aquilo lá já era!
Maria: Aí a gente um olhou pra cara do outro e pensou... A gente viu que só tinha a gente no grupo.
Bruno: Os sobreviventes!
Maria: Inclusive a gente convidou o Côbo, ele não aceitou entrar no Surgiu na Hora, mas aceitou entrar no Encéfalo que estava morto, que estava na UTI, aí morreu o grupo definitivamente.
Bruno: A gente ia continuar, mas como surgiu o Surgiu, fizemos uma fusão, ráááááá. E o nome do grupo era melhor, a gente aceitou. O nome do outro grupo era “Encefaloraizados na arte”.
Maria: Não foi a gente que escolheu esse nome, não falaremos quem foi pra não sacanear o coleguinha.
Blog: Antes do Surgiu como vocês falaram vocês faziam parte desse outro grupo teatral. O que faz o Surgiu ser diferente do “Encéfalo”?
Bruno: Era bacana, era todo mundo muito amigo, era formado com lance de turma também, o único brabo era o nosso diretor. Mas a galera era bem turmão mesmo. Tinha aquela questão de ser bem quartel.
Maria: Não pelos atores e sim pelo diretor. O professor assumiu e deu um caminho.
Bruno: O que não é errado! São formas diferentes de cada um fazer. Não tem o certo ou o errado e sim a forma que cada um faz.
Maria: Exatamente! E tipo, aqui tem um lance de mais liberdade, de poder respirar. A galera lá optou por outras coisas e a gente continuou.
Blog: Lima, antes de estudar teatro já estudava musica, inclusive tinha uma banda de Rock’n’Roll. Hoje você conseguiu unir a música ao teatro e tem em mãos a direção musical do espetáculo “Histórias Saídas de uma Mala” e do espetáculo musical “A Leiteira”. Qual desses dois mundos (o teatro ou a música) te enche mais os olhos?
Bruno: O teatro, véio! Assim, a música foi o meu primeiro amor. Desde pequeno Seu Almir, que foi me ensinando teoria, flautinha, Seu Almir que já está com Papai do Céu, e eu sempre curti muito Rock’n’Roll e tal. O Rock’n’Roll é uma boa forma de se expressar, é um dos meus amores, mas o teatro é uma ferramenta melhor de se expressar, e unir o teatro a música foi genial, mas o teatro está no meu tum tum.
Blog: Quando o teatro nasce na sua vida, Maria?
Maria: Assim, eu não sabia que queria fazer teatro a principio. Todo mundo conta que eu brincava muito quando era criança. Eu matava minhas bonecas. Eu via uma cena na televisão e eu ia produzir com as bonecas. Fazia todo mundo brincar. Até aí tudo bem. O meu primeiro professor de teatro passou pela minha sala de aula e fez uma peça, aí eu peguei o contato dele, falei com a minha mãe, mas não chegou a rolar. Uns dois anos depois calhou que eu entrei em uma escola que tinha horário integral, isso no interior de São Paulo. Aí lá esse professor dava aula. Eu me encantei com isso eu tinha uns 9 anos. Além disso, eu fazia capoeira, desenhava, pintava eu sou uma pessoa das artes. Olha aí! (Risos)
Pra desenhar, escrever, pintar, eu tenho que estar inspirada, mas pra fazer teatro não. Não interessa independente de como eu esteja, eu procuro me concentrar,
não preciso ficar buscando nada e nem ficar esperando baixar nada. Estar inspirada, como foi com a logo do Surgiu, eu estava em casa, e veio. Esse negócio de teatro nasce com a gente!
Blog: Bruno Lima que foi aprovado no THE do curso de Interpretação da UNIRIO e pretende continuar trabalhando com o grupo. Sabendo que daqui a um tempo serão muitos trabalhos na faculdade, como você pretende conciliar o estudo com os trabalhos no Surgiu?
Bruno: É a galera aqui é bem flexível. A gente tem um caso aqui. O André mesmo trabalha e é bem limitado.
Maria: UPA 24 horas.
Bruno: Tenho certeza que meus amiguinhos serão bem legais comigo. E eu não só quero como eu vou continuar trabalhando com o pessoal aqui. Não vou ser burguês e o André vai continuar trabalhando no laboratório. (Risos)
Maria: Plantão aos domingos. (Risos)
Bruno: Só tenho que conciliar, porque dá! Tenho certeza que dá. 

Próxima semana tem uma entrevista com os parceiros. Amigos e amigas do Surgiu na Hora.
#20DiasProAniversárioDoSurgiuNaHora

PICADEIRO!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Quando o Surgiu estava surgindo...

Faltando 3 semanas pro aniversário do grupo, estamos mais preocupados em contar nossa história do que ficar pedindo presentes.
Na entrevista de André da Costa e Bruno França, ambos brigaram comigo pela falta do vídeo da primeira esquete do grupo, "A Fuga".
Como prometido, abaixo está o link do primeiro trabalho do Surgiu na hora, quando o grupo só tinha os dois presidentes pro elenco, pra produção, pra gestão e pra gastar o dinheiro que não tinha... (que na verdade ainda não tem.)

Esquete: A Fuga - 4º Festival de Esquetes EMAD (Escola Municipal de Artes Dramáticas - Nilópolis - RJ)
http://www.youtube.com/watch?v=1-T6O1ANQkg

Não posso deixar passar em branco que André e Bruno já estiveram fazendo teatro em feira. Nos links abaixo você pode conhecer um pouco mais desse período do grupo. A única coisa que vai passar em branco, é a maquiagem dos dois quando iam pra feira.

http://www.youtube.com/watch?v=DQfG3YmIo8M

http://www.youtube.com/watch?v=EgAhTs9OzCI

http://www.youtube.com/watch?v=vU1eeeaMpuw

PICADEIRO!